quinta-feira, 17 de março de 2011

A Arte Contra o Perigo Nuclear

A arte já assuntava. Já alertava. Mas foi  preciso um terremoto, um tsunami causar um acidente nuclear no Japão para que o perigo fosse finalmente discutido.
Vinícius de Moraes em "Rosa de Hiroshima", transformada em música pelos Secos e Molhados mostrava a tristeza da rosa radioativa. O cineasta Akira Kurosawa abordou o assunto em seu filme "Sonhos".
Os pioneiros da música eletrônica (lê-se boa música eletrônica), Kraftwerk, já diziam na excelente canção "Radioactivity": Stop radioactivity. It's in the air for you and me.



Será que precisamos mesmo de usinas nucleares? Acidentes já ocorreram. Quem não lembra de Chernobyl? As coisas acontecem, a mídia e a sociedade discutem os absurdos da radiatividade por um tempo e depois tudo é esquecido, pois é do interesse dos governos que nada disso seja realmente contestado. O engraçado é que nações como o Irã são extremamente criticadas pelo desejo de terem sua bomba nuclear, mas as grandes potências podem ter várias bombas cultivadas em sua grande horta venenosa. Como se o Irã, por ter um líder meio maluco, fosse um perigo maior que qualquer um dos outros países, que como vemos, podem sofrer acidentes inesperados e acaba que o risco é o mesmo ou maior que um desastre provocado intencionalmente. O ser humano e seu suicídio eterno e hipócrita...
A arte já avisava. Mas quem escuta a arte?


Por: Valéria Sotão


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